Fazer
Oposição não é Prestígio. É dever!!!
Coordenação
da EDEZO
Nos dias que se correm
no Brasil acima de tudo há uma inversão de valores sob a tutela da
centralização das decisões políticas. Decretos voltam a ser uma rotina no
noticiário político esvaziando a soberania popular representada pelo Congresso
Nacional. As manifestações do corpo técnico do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados sobre o “Decreto das Armas” sugerem o quanto há movimentações nas
placas tectônicas da sociedade brasileira que podem surpreender os mais
céticos.
Não se faz uma oposição
para se fechar no gueto sem dialogar com todas as vertentes da sociedade.
Liberais e até grupos conservadores com um olhar pela democracia já perceberam
o quanto não estamos caminhando bem nas escolhas das prioridades a serem
debatidas para enfrentar a crise econômica. Lembremos que temos milhões de
desempregados e quase 30 milhões de trabalhadores em situação precarizada sem
saber o que seria a contribuição previdenciária e muito menos teriam condições
de poupar para um regime de capitalização previdenciária que só alimentaria a
riqueza dos bancos.
O linguajar das redes
sociais abaixou o nível da dos pronunciamentos das chamadas autoridades
nacionais. As vezes, mitológicos pensadores saem nas redes a comentar sobre
outros com frases de baixo calão. Parecem que os personagens do filme “American
Pie” entraram em cena na política brasileira. Por que a democracia chegou a
esse ponto? A polarização foi imposta pela mídia para esvaziar o centro
político e sua capacidade de moderar as ações da política. Nesse caminho a
esquerda se perdeu num deserto de manifestações segmentadas sem ser a força
mobilizadora das mudanças sociais com trabalhadores das periferias.
Urge que tenhamos noção
que fazer oposição não é uma simples descarga emocional no campo das redes sociais
dominadas pelos “robôs” da militância digital. Fazer a política democrática é
organizar as manifestações que levantem temas em favor da unidade com todos que
estão insatisfeitos com o desprezo pelo meio ambiente, pelo incentivo a cultura
e aos artistas nacionais (patrimônio da pluralidade cultural), pela vida nos
tiros que saem dos helicópteros, pelos deficientes e idosos, pelo professor em sala de aula, pelo
homem comum e etc.
Não devemos estar em
silêncio em tempos de estagnação econômica enquanto os governantes se
manifestam pelo achatamento do salário mínimo. As maldades não fazem parte da
política já dizia Maquiavel. As decisões políticas são resultado de escolhas e
de correlação das forças políticas. As forças políticas democráticas precisam e
estão em gradual e necessário momento de renovação diante dos ataques a
Educação com os cortes nas verbas anunciadas pelo Ministro da Educação sem que
houvesse um diálogo com as forças políticas do Congresso Nacional e a
sociedade.
A arma da democracia é
uma ampla FRENTE com todos que entendem que a educação pública cumpre um
serviço importante para a sociedade nas pesquisas e na produção do
conhecimento. Querem silenciar as opiniões em benefício de quem? Os livros não
são mais o território do amor, pois querem plantar a semente da dor. Fazer a
UNIDADE é um DEVER de todos os jovens que decidiram estar em manifestação nos
próximos dias. Em particular, no dia 15 de maio, toda a juventude comprometida
com a Democracia deve estar se guiando pelo grande livro de nosso país – a “Constituição
da República de 1988”. Vamos em FRENTE!