sexta-feira, 13 de abril de 2018

EM DEFESA DA FRENTE

Um Diálogo em favor da Democracia
Por Vagner Gomes de Souza
A prisão precipitada do líder nas pesquisas eleitorais para a Presidência não deve ser encarada como “espetáculo circense” pela Esquerda Democrática. Esse é o momento de refletir para colaborar para a organização de uma Frente. Não se trata de ficar na polêmica estéril de ter ou não um Plano B. Essa é a fase de dialogar com as forças políticas que se reaproximam no campo democrático com a esquerda brasileira para defender a Constituição. A “fulanização” é um equívoco da política brasileira que os grupos progressistas devem coibir com a formação de um Programa Mínimo Comum.
A desigualdade social, segundo o último relatório do IBGE, avança em nosso país. Não será com a política liberal social que vamos atender aqueles menos favorecidos. Nossos problemas sociais precisam ser debatidos no transcorrer do debate político. Não devemos compactuar com a concentração de riquezas e com a especulação seja financeira ou imobiliária. Famílias endividadas vivendo em residências alugadas e imóveis fechados aguardando a valorização.


Esses são alguns dos exemplos que devem ser apresentados para os brasileiros. A garantia do acesso a moradia faz parte dos direitos e garantias de nossa Constituição. Não devemos perder tempo com uma agenda que não levante a bandeira da luta pelos mais pobres que vivem aprisionados numa miséria cada vez mais grave. Não faltam pré-candidaturas no campo democrático e progressista, porém está faltando fazer a política de aproximação em torno de uma Frente.

 
 Essa Frente precisa ter uma orientação clara na defesa da regulamentação dos ganhos democráticos e sociais da Carta de 1988. Trazer para o debate a redução das desigualdades regionais. O Norte e Nordeste ainda atravessam indicadores sociais de outro país. Os ganhos da estabilidade econômica devem ser compartilhados por todos os brasileiros. Portanto, a Frente é um amplo convite que deve tirar a Esquerda brasileira do isolamento da polarização. Há setores do centro político incomodados com esse clima político de radicalização e de posturas conservadoras. Esses setores devem estar presentes nesse processo de diálogo.
 
 
 
 O diálogo em favor da Democracia vai construir uma longa caminhada para que novas lideranças se apresentem para a disputa eleitoral também para os legislativos. Uma renovação se faz necessária com esse debate dos problemas nacionais, que devem estar acima de algumas diferenças secundárias. Uma eleição não é uma “roleta russa” de pesquisas eleitorais, mas amadurecimento político das forças democráticas com formulação de um programa. Não podemos estar fora do Segundo Turno eleitoral por se deixar levar pela “fortuna” na política. Essa é a hora da virtu.